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terça-feira, 15 de março de 2011

"NO FRIGIR DOS OVOS" (???)


 Queridos leitores, 
Hoje não haverá receita. No entanto, aqui envio um texto que recebi por e-mail e adorei. Pena que não encontrei o autor verdadeiro das próximas linhas, portanto deixo aqui em "Anônimo". São tantas as vezes que tropeçamos em gírias e ditados dos quais não temos a menor idéia do sentido ou significado, que uma explicação como a que envio a seguir, é sempre bem-vinda. Não acham? 

PERGUNTA: Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?
RESPOSTA: Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.
E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. 

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, 
o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. 

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. 

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. 

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. 

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco... 

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho. 

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que 
no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
Entendeu o que significa “no frigir dos ovos”?

sexta-feira, 4 de março de 2011

CEBICHE PERUANO.

Os peixes do Oceano Pacífico tem um sabor mais suave. Minha mãe nunca aceitou os peixes do Atlântico como os ideias para preparar um delicioso cebiche. Não se preocupem que usando garoupa, robalo ou linguado fresco, os resultados que se conseguem também são maravilhosos. Embora eu tenha passado mais tempo da minha vida no Brasil, país que adotei como meu, ainda tenho saudosas lembranças do cebiche que comíamos, em festas e grandes comemorações na minha Lima querida. O tio Oscar preparava o cebiche em todos os seus aniversários. O prato se fez tão conhecido que os amigos e familiares se despediam uns dos outros com o seguinte comentário: “Até o próximo cebiche do Oscar!”, garantindo a sua presença no próximo aniversário!
O segredo para um bom cebiche  é o limão. O limão peruano é mais ácido que o brasileiro, e a pimenta usada, se chama “rocoto”. É uma espécie de pimenta com cara de pimentão vermelho que para os desavisados pode trazer maus momentos, pois o picante é tão forte, que as lágrimas rolam e a língua fica ardida, irritada, e logo anestesiada: uma experiência não recomendável! O limão mais próximo em acidez ao peruano é o chamado galego, taiti ou cravo. Na verdade, todas as receitas do mundo podem ser substituídas com ingredientes locais. Se não ficarem exatamente iguais, valerá a intenção. Não desanimem! Lu, esta receita é para você!
Ingredientes:
2 quilos de peixe branco fresco filé sem pele e sem espinhas (garoupa, linguado ou robalo)
12 limões cravos (de polpa alaranjada)
2 pimentas dedos de moça
1 galho de coentro fresco
4 dentes de alhos bem picadinhos
2 cebolas roxas cortadas em tiras finíssimas
1 alface americana rasgada
Sal, pimenta do reino
¼ xícara de azeite de oliva
Modo de Preparo:
Coloque numa travessa o peixe picado. Liquidifique o suco dos limões com as pimentas dedos de moça, sal e pimenta do reino. Misture delicadamente o peixe com o suco liquidificado, o alho picado e o coentro fresco. Adicione a cebola em tiras finas, misture bem. Cubra com filme plástico e deixe curtir pelo menos 6 horas na geladeira. Antes de servir acrescente a alface americana e o azeite de oliva.
Outra versão: Além do alho, adicione um centímetro de gengibre picado, e terá um cebiche com sabor oriental.
Como é servido no Perú? O cebiche acompanha uma batata doce amarela muito suave e mais açucarada do que a batata-doce brasileira. Também é servido com um pedaço de choclo (para quem acompanha meu blog, saberá que é o Rei dos Milhos).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Patê de Salaminho


Este patê é fácil de fazer e sempre ficará na “boa lembrança”. Agora, o melhor de tudo, é que pode ser congelado por várias semanas no freezer. Chegou uma visita e não dá tempo de preparar nada rápido? Lembrem daquele “patê especial” guardadinho no freezer que pode ser servido com pão integral, bolachas salgadas, torradinhas, etc. Eu recomendo também fazer umas cópias extras desta receita, porque quem experimentou vai ficar no seu pé até conseguir a receita inteira. Os interessados começam sempre com a mesma pregunta: "Onde você comprou este patezinho???"... "Não! Não acredito que você o fez!!!! O que e que tem na receita????" Seja legal com seus amigos, economize perguntas, entregue a receitinha pronta e deseje boa sorte no feitio. É assim que começa a corrente das “boas lembranças”. Esta aqui é para você, Cidinha!
Ingredientes:
200 gramas de salaminho italiano picado
4 colheres de sopa de maionese
1 lata de creme de leite ou duas caixinhas de 200 gramas cada uma
1 envelope de gelatina vermelha sem sabor
1 copo de água quente para dissolver a gelatina ( a melhor forma é dissolver a gelatina num copo de água fria e levar 30 segundos ao micro-ondas até dissolver)
Algumas fatias extras de salaminho italiano cortadas em meia-lua para decorar a parte superior do patê
Preparação:
Bater tudo no liquidificador colocar numa forma de bolo inglês (aquela retangular) forrada com papel de alumínio e levar na geladeira até ficar consistente. Decorar com as fatias de salaminho e servir com torradinhas ou aquele pão italiano crocante e quentinho! Simples e infalível!
Boa sorte!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Choclos, choclitos.

Alguém já ouviu falar em “choclos”? É o nome que recebe o milho peruano, de sabor e tamanho sem igual. Recebemos de presente uns “choclos” que acabamos degustando hoje, com os olhos fechados e um sorriso de satisfação total. Os acompanhamos com manteiga e queijo branco. De tantas iguarias que existem no Brasil é uma pena que não se consiga produzir um milho igual ao peruano. Suponho que a altura considerável do nível do mar dos cultivos andinos, fazem esta diferença. Então, na primeira oportunidade que tenham de visitar o Peru, experimentem, além do delicioso sorvete de lúcuma, o “choclo serrano” e depois concordarão comigo que é o melhor do mundo!
Acompanhamento de Abóbora com milho:
Esta receita pode ser feita com milho brasileiro, escolham umas espigas tenras debulhadas e cozidas. A abóbora pode ser da sua escolha, eu gosto mais daquela de casca esverdeada.
Ingredientes:
Uma abóbora cortada em cubos
Duas xicaras de milho cozido
2 centímetros de gengibre ( ralar ou picar finamente)
3 colheres de cebolinha picada
½  xícara de shoyu
1 colher de óleo de gergelim
12 amêndoas fatiadas com casca
Modo de preparo:
Coloque numa forma refratária untada com óleo de canola os troços de abóbora crua e as duas xícaras de milho cozido. A parte, misture o gengibre ralado, shoyu, cebolinha, o óleo de gergelim e espalhe por cima da abóbora com milho. Respingar as amêndoas fatiadas e levar para assar até a abóbora ficar macia.
Sirva para acompanhar qualquer grelhado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Introduzindo meu blog.

Bom dia caros colegas, gostaria de fazer uma breve introdução ao meu novo blog.

Através deste, gostaria de transmitir meus conhecimentos culinários, receitas saudáveis, algumas dicas para obter o dom da hospitalidade e outras informações bacanas que fazem da gente nada menos do que especiais.

Meu nome é Mila Schreiber e eu sou jornalista, chef, dançarina, professora de idiomas, hoteleira, e mãe. Adoro receber visitas em casa, bater papo sobre receitas, cozinhar, contar piadas, reunir a família, ir ao cinema, presenciar eventos sociais, ganhar/dar presentes, e estar disposta a ajudar o próximo.

O título deste blog vem de encontro com as minhas raízes que deixei há 28 anos no Peru. Pois é, sou peruana, e quando jovem, decidi viajar e conhecer o mundo. Não deu muito certo. O primeiro país que visitei foi o Brasil, onde conheci um economista que se tornou o homem da minha vida e, aqui estou. Feliz e há alguns meses, naturalizada brasileira! Voltando ao título, lúcuma é uma fruta amarelinha (como na foto), peruana, e tem um sabor inigualável, utilizado na confecção de doces, tortas, sobremesas e sorvetes... A fruta em si não é tão gostosa quanto o SORVETE... E que sorvete! Ahhhhhh que saudade daquele sorvete de Lúcuma, vocês não tem idéia! Espero que um dia todos possam provar a delícia que é o sorvete de Lúcuma que eu tanto sinto falta! (Suspiros!)

Sejam todos bem-vindos e sintam-se a vontade para criticar, reclamar, comentar e dar palpites durante as minhas postagens...

Desejo a todos um ótimo dia, apesar de chuvoso, com muita luz e carinho.

Beijos,
Mila.